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Mário Mesquita (1950-2022)

27 de Maio de 2022


Mário Mesquita será sempre uma referência da comunicação em Portugal Fotografia: Manuel Almeida

Morreu esta manhã o professor universitário e jornalista Mário Mesquita, vítima de crise cardíaca, na sequência de uma cirurgia realizada ontem.

Sócio do Clube de Jornalistas desde a sua fundação, recebeu o Prémio Gazeta de Mérito em 1998.

No ano passado, numa homenagem realizada na Fundação Calouste Gulbenkian, marcada pelo lançamento do livro “A Liberdade por Princípio – Estudos e testemunhos de homenagem a Mário Mesquita” (Ed. Tinta da China), disse que gostava de ver escrito no seu epitáfio: “Morreu o jornalista Mário Mesquita, que, distraído como era, deixou caducar a carteira profissional”.

Mário Mesquita nasceu em Ponta Delgada a 3 de janeiro de 1950. Sempre ligado à oposição à ditadura, foi em 1973 um dos fundadores do Partido Socialista.

Iniciou-se no jornalismo antes do 25 de Abril, no “República”. Foi diretor adjunto do DN de 1975 a 1978 e depois diretor, 1978 a 1986. Dirigiu também o “Diário de Lisboa” (1989-1990). Voltaria ao DN em 1997 para ser, durante cerca de um ano, seu Provedor dos Leitores. Foi também colunista no Público e no Jornal de Notícias.

Mário Mesquita integrava há vários anos o Conselho Regulador da Entidade Reguladora da Comunicação (ERC), sendo vice-presidente desde 2017. Pioneiro em Portugal do ensino do jornalismo e de Ciências da Comunicação, formado na Universidade de Lovaina (Bélgica), era professor na Escola Superior de Comunicação Social, em Lisboa. Formou aqui e, primeiro, na FCSH da Universidade Nova, várias gerações de jornalistas. Foi também fundador do curso superior de jornalismo da Universidade de Coimbra. Ler mais

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1 Comentário »

  • Clube de Jornalistas » Abaixo-assinado contra a retirada de nome de Mário Mesquita de livro da ERC said:

    […] Mário Mesquita morreu em maio de 2022 deixando este trabalho praticamente concluído, sendo reconhecido por todos os envolvidos na produção da obra como o seu legítimo autor. Foi lançado um abaixo-assinado contestando o que se considera “um ato vil e mesquinho, que atenta contra o inexcedível legado de Mário Mesquita e contra a dignidade do seu caráter”. […]

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